domingo, 29 de agosto de 2010

Condenado pela morte de Sabotage pega 14 anos de prisão

Link original: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/07/condenado-pela-morte-de-sabotage-pega-14-anos-de-prisao.html (Tem um video pra assisitir)

Sirlei Menezes da Silva foi condenado na tarde desta terça-feira (13) a 14 anos de prisão pela morte do rapper Sabotage. Ele foi considerado culpado pelo homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima).

A sentença foi lida pouco antes das 18h no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, pela juíza Fabíola de Oliveira Silva, da 1ª Vara do Júri. Uma vingança decorrente de uma disputa pelo tráfico de drogas em uma favela foi considerada como motivação para o assassinato.

O defensor público Marcelo Carneiro Novaes disse que irá recorrer da decisão. Durante o julgamento, ele declarou que o processo é uma "maracutaia" . Ele disse que a confissão à polícia foi feita sob coerção. “O Sabotage tem uma música que se chama maracutaia. E eu afirmo: esse processo é uma maracutaia."

O advogado apresentou ainda um ofício do Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer, que comprova que a mãe de Sirlei foi internada no dia 23 de janeiro de 2003, um dia antes do crime. Por volta das 5h do dia 24, segundo a defesa, ele estava pegando um trem para ir levar roupas para a mãe, o que impedia que ele estivesse na Avenida Abraão de Morais, na Zona Sul da capital, às 5h30, horário do crime.

Na segunda, Sirlei Menezes da Silva negou ter relação com a morte do rapper. Uma testemunha, no entanto, afirmou que o viu comemorando o assassinato em uma favela após o crime.

Sirlei Menezes da Silva já foi condenado a mais de cinco anos de prisão por roubo em 1994.

Sabotage, assassinado a tiros quando deixava a mulher no trabalho no bairro Bosque da Saúde, tinha 29 anos na época do assassinato. Cantor e compositor nascido em uma favela paulista, Sabotage compôs muitas músicas de cunho social, falando sobre drogas, violência e criminalidade. Sua estreia no cinema foi no filme “O Invasor”, de Beto Brant.

Também incorporou o personagem Fuinha em “Carandiru”, longa de Hector Babenco, que estreou meses depois da morte do rapper. O papel dele era de um detento viciado em drogas.

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